quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Ciclo de vida das briófitas por Renato Gameiro Larciprete

As briófitas, ao que tudo indica, descendem de algas clorofíceas. São plantas avasculares, dependentes de água para reprodução. Como todas as plantas, apresentam alternância de gerações, do tipo metagênese, tendo uma fase haplóide (gametófito) e outra diplóide (esporófito). A fase de vida dominante nas briófitas é a de gametófito (n). Este possui em seu ápice uma estrutura denominada gametângio, onde ocorre a formação de gametas por mitose. O gametângio masculino é denominado anterídio, e dá origem aos anterozóides (n), o gametângio feminino é o arquegônio, e dá origem às oosferas (n).

Anterozoide em contato com arquegônio
 Os gametângios são envoltos por células estéreis, com função protetora. Em condições de alta umidade (como em caso de chuvas) o gametângio masculino devido aos respingos d’água libera anterozoides. Estes respingos podem entrar em contato com o gametângio feminino e os anterozoides presentes, por serem células flageladas, nadam até as oosferas, influenciados por substâncias químicas presentes no meio (quimiotactismo).
Ao ocorrer o contato entre o gameta masculino com o feminino, ocorre à fecundação, formando-se assim um zigoto (2n), que logo originará um embrião multicelular, maciço e dependente do organismo materno para seu desenvolvimento. Este embrião originará o esporófito, dependente do organismo materno para sua nutrição, por ser aclorofilado (fenômeno denominado matotrofia).
O esporófito (2n) contém uma estrutura denominada esporângio, onde as células realizam meiose espórica, processo de divisão celular reducional, onde as células formadas são chamadas de esporos (n). Os esporos são liberados no meio, e em condições adequadas de temperatura e umidade irão originar novos gametófitos, reiniciando o ciclo. Cada esporo dá origem a um gametófito.
representação esquemática do ciclo de vida de um musgo



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